É oportuno lembrar que a Educação é vista mais do que nunca como a principal estratégia de transformação social e que todos podem e devem contribuir para este fim.
Educação é um problema social complexo que demanda a articulação entre os diferentes setores para ser solucionado. O poder público, é claro, continua sendo o principal responsável por garantir o acesso ao ensino e a sua qualidade.
Precisamos sensibilizar e mobilizar toda a sociedade-governo, iniciativa privada e ONG – na construção das mudanças que não são apenas econômicas e sociais, mas também culturais.
Assim, é necessário fazer da educação um mecanismo de transformação e de inclusão social, para que tenhamos uma escola para todos, de todos. Ela é a responsável para o crescimento social, pois à medida que as pessoas vão ficando mais escolarizadas, o nível de vida vai melhorando, as pessoas ficam mais conscientes, críticas e exigentes. E, com isso, vão melhorando as condições de higiene, de alimentação, de saúde, de segurança e de satisfação social. Enfim, a educação possibilita o desenvolvimento da sociedade. Segundo (Fasheh, 1999, p.166) “Aprender a ler e a escrever pode ajudar uma pessoa a ser livre”.
Sabe-se que a educação é o instrumento que vai permitir às pessoas buscarem uma melhoria de vida, capacitando-se para competir no mercado de trabalho bem como reconhecer seus direitos.
A educação é direito de todos e dever do Estado e da família (artigo 205 – Constituição Federal 1988).
As mudanças pelas quais passa o Brasil tem nos feito refletir sobre o papel da educação na transformação da realidade brasileira. Precisamos ter como principal meta minimizar os efeitos de séculos de injustiça social, resquícios de um passado escravista, cuja abolição manteve os escravos sem terra e seus filhos sem escola. A esses se juntaram, ao longo da história, uma legião aumentando ainda mais as desigualdades e da exclusão social não é só econômica, é também sociocultural.
No entanto, é necessário ensinar itens como agregar valores ao trabalho, entender o porquê da pobreza, enriquecer a alimentação e como se organizar para melhorar os ganhos e as condições de vida. “Ensino contextualizado”, a proposta seria esticar a teoria de Paulo Freire, segundo o qual o analfabeto não sabe ler a palavra escrita, mas sabe lê o mundo.
Assim, de passo em passo, de escola em escola, de letra em letra o Brasil vai construindo uma nação de cidadãos. Como escreveu o mestre Paulo Freire, “Ninguém nasce feito, vamos nos fazendo aos poucos, na prática social de que tomamos parte”.